HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA - CRM 12406 - RQE 22.965

Dra Mireille Guimarães Vaz de Campos

Cuido de pacientes com anemia, alterações no ferro e trombose.

Anemia ferropriva: isso é bem mais comum (e sério) do que parece

Você já ouviu falar de anemia por falta de ferro? Pois é, esse nome chique — anemia ferropriva — é só o jeitinho técnico de dizer que tá faltando ferro no organismo. E sim, isso é muito mais comum do que você imagina.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 30% da população mundial tem algum grau de anemia. Isso dá aí seus 1,5 bilhão de pessoas — ou seja, não é coisa rara, nem coisa de gente que se alimenta mal o tempo todo. Pode acontecer com muita gente, inclusive com você (ou seu filho, ou sua mãe…).

No Brasil, os números também assustam:

  • Em algumas regiões do Brasil, até metade das crianças com menos de 5 anos pode ter anemia.
  • Entre as mulheres, quase 3 em cada 10 têm.
  • Em gestantes? Mesma faixa.
  • E nos idosos, o risco de complicações e mortalidade por anemia é bem mais alto.

E olha só: mesmo quem tem uma boa condição de vida, come direitinho, toma suplemento de vez em quando… também pode estar com deficiência de ferro. Porque não depende só da comida, mas de uma série de fatores: perdas sanguíneas (como menstruação intensa, sangramento no estômago, no intestino), absorção ruim, doenças intestinais, parasitas, crescimento, gravidez, e por aí vai.

💡 A anemia ferropriva raramente vai te matar diretamente — ufa! — mas ela aumenta muito o risco de outras coisas darem errado: parto prematuro, atraso no desenvolvimento das crianças, complicações em idosos, piora de doenças crônicas…

Ou seja: ela não grita, mas vai minando devagar.

Mas então, o que fazer?

Primeiro, entender que isso não é “besteira”. Se você está sempre cansado, sem energia, com queda de cabelo, unhas fracas, memória ruim… pode ser só estresse. Mas também pode ser anemia.

E anemia, a gente não trata com “uma carninha a mais no prato”. Tem que investigar a causa. Tem que saber se é só falta de ferro ou se tem algo mais sério por trás.

👉 E é aí que entra o especialista. Porque cada caso é um caso, e o tratamento certo depende do diagnóstico certo.

Se você (ou alguém da sua família) está nessa dúvida, sente que não está 100% e não sabe por quê, pode ser a hora de procurar um hematologista. E se você leu até aqui… bom, talvez esse especialista possa ser eu. 😄

 

Referências:

  1. Ministério da Saúde. Anemia ferropriva: deficiência de ferro é um dos fatores que podem estar associados à mortalidade materna.(2022)
  2. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Anemia por Deficiência de Ferro, Ministério da Saúde, (2023)
  3. Prevalência de anemia ferropriva no Brasil: uma revisão sistemática. (2009)
  4. Prevalência e fatores associados à anemia e deficiência de ferro em crianças.(2021)
  5. Organização Mundial da Saúde. Global Anaemia estimates, 2025 Edition

Esse texto faz parte de um blog de textos 

de orientações em saúde escrito pela 

Dra Mireille Guimarães Vaz de Campos

(médica Hematologista, CRM-GO 12406, RQE 22965).

Este texto não substitui a consulta médica detalhada 

e direcionada a um caso específico

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