HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA - CRM 12406 - RQE 22.965

Dra Mireille Vaz de Campos

Cuido de pacientes com anemia, alterações no ferro e trombose.

Neoplasias Hematológicas: o que são e quando se preocupar?

As neoplasias hematológicas são tipos de câncer que afetam o sangue, a medula óssea ou os gânglios linfáticos. Nomes como leucemia, linfoma e mieloma múltiplo podem parecer distantes da nossa realidade, mas é importante saber que esses problemas, quando identificados cedo, têm tratamento e melhores chances de controle.

Quais sinais merecem atenção?

Alguns sintomas podem ser os primeiros sinais de alerta para essas doenças, como:

  • Cansaço excessivo, sem motivo claro
  • Infecções que se repetem ou demoram para melhorar
  • Sangramentos ou manchas roxas na pele sem trauma
  • Perda de peso sem explicação
  • Suor noturno intenso
  • Gânglios (ínguas) aumentados no pescoço, axilas ou virilha
  • Dores nos ossos ou articulações
  • Fraturas sem explicação
  • Insuficiência renal e anemia
  • Cálcio elevado
  • Lesões osteolíticas nos ossos

É importante lembrar que esses sintomas também podem aparecer em outras condições mais simples, mas, justamente por isso, é fundamental não ignorá-los.

Por que o diagnóstico precoce faz diferença?

Quanto mais cedo a investigação é feita, maior a chance de identificar a doença em estágios iniciais — quando o tratamento pode ser mais eficaz e menos agressivo. Além disso, evitar a evolução das neoplasias hematológicas ajuda a prevenir complicações graves, como infecções severas, anemia importante e danos a outros órgãos.

Como o diagnóstico é feito?

O diagnóstico das neoplasias hematológicas começa com uma avaliação clínica detalhada e alguns exames iniciais, como o hemograma, aquele exame de sangue comum, mas que pode trazer informações muito valiosas.

Dependendo dos resultados, o médico pode solicitar exames mais específicos, como:

  • Exames de sangue especializados, para investigar alterações nas células.
  • Exames de imagem, como tomografia, para avaliar gânglios e órgãos internos.
  • Avaliação da medula óssea, que é um exame essencial em muitos casos.

A análise da medula permite não só confirmar o diagnóstico, mas também identificar o tipo exato da doença e definir o melhor tratamento.

Muitas vezes, além da biópsia e do mielograma, são feitos estudos complementares na amostra da medula, como imunofenotipagem, citogenética e biologia molecular. Estes exames ajudam a entender melhor o comportamento da doença e guiar decisões mais precisas.

Por isso, a avaliação completa, com apoio de exames adequados, é fundamental para garantir que o diagnóstico seja o mais correto e precoce possível.

O que é a medula óssea?

A medula óssea é o “berçário” ou a “fábrica” das células do sangue, e estudar suas características pode revelar alterações que ainda não aparecem no sangue periférico.

A medula óssea é como um grande berçário escondido dentro dos nossos ossos.

É lá que as células do sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) nascem, crescem e amadurecem antes de serem liberadas para circular pelo corpo.

Quando há uma neoplasia hematológica, é como se esse berçário começasse a produzir células de forma desordenada, ou permitisse o crescimento de células anormais, prejudicando a formação saudável do sangue.

Por isso, examinar a medula óssea é tão importante: ela revela não apenas o que já está errado no sangue, mas também o que está para acontecer, ajudando o médico a entender a fundo a doença e a planejar o melhor tratamento.

Quando procurar ajuda?

Se você ou alguém próximo apresenta sintomas como os citados acima, não espere para buscar orientação. Muitas vezes, um simples exame de sangue já pode indicar a necessidade de investigação mais detalhada.

Para uma avaliação adequada e para definir se há realmente motivo para preocupação, é essencial passar por consulta com um médico especialista em doenças do sangue, o hematologista. O olhar especializado faz toda a diferença para o diagnóstico correto e o início do tratamento no momento certo.

Esse texto faz parte de um blog de textos 

de orientações em saúde escrito pela 

Dra Mireille Guimarães Vaz de Campos

(médica Hematologista, CRM-GO 12406, RQE 22965).

 

Este texto não substitui a consulta médica detalhada 

e direcionada a um caso específico

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